O groupismo que bate e passa.

Impossível chegar próximo do Itaim Bibi e não lembrar do saudoso 14 de dezembro de 2008, o dia que me impulsionou a realizar todos meus sonhos de backstage, que foi mudando de intensidade conforme eu fui me permitindo. Conheci São Paulo indo atrás de bandas e no caminho encontrei pessoas incríveis (minha musa, em especial), conheci também todos os caras de bandas imagináveis, amigos dos caras das bandas imagináveis e afins.

Era divertido. Até por que colocam na nossa cabeça desde muito cedo que o cara que toca no rádio, é INTOCÁVEL. (Tá, essa foi péssima!), intocável o caramba, talvez foi isso que me fez perder o TESÃO, pelo fato de ter ficado fácil demais, de ter os telefones dos caras na agenda do celular, de ter a comunicação acessível. É legal, quem disse que não é? Mas, o ruim de conhecer demais é perder o ENCANTO. É como se o Axl Rose me ligasse convidando pra ir no Madame Satã, claro que ia ser GENIAL, mas porra… não ia combinar com o que é o rock n’ roll pra mim, de ir até lá e conseguir tal coisa, das etapas pra isso rolar. Eu dou importância (e dei…) pra tudo isso.

Se pegar tomando coca-cola e comendo misto quente sentada no amplificador, na cozinha dos caras que antes, tu fazia de tudo por uma foto – é contraditório. A vida é assim, não? É como se casar com o homem da sua vida e descobrir o descobrível  que ele tem bafo, por exemplo Descobrir coisas que você não vai querer descobrir. É tão bom, pensar que é tudo perfeito, como você via na TV. Mas chega uma hora que cansa, não tem mais graça brincar de groupie.

A admiração fica, as histórias mais ainda. O sentimento, se adapta, não passa. Poucas coisas são as quais que ficam de verdade. E se dessa história louca, eu consegui tirar pessoas que vão ficar pra mim, pela vida. Não tem como se arrepender, não tem como voltar e fazer diferente.

Sabe o melhor? Eu ainda me divirto horrores.

 

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